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sábado, 7 de agosto de 2010

Não gosto do Dia dos Pais!!!

Deve parecer meio chocante uma declaração destas vindo de alguém como eu... Mas lendo o que a minha amiga Ju comentou no Twitter, resolvi colocar o que penso sobre isso também.

Sabe, eu não duvido da boa e linda intenção de quem criou e de quem promoveu esta data, mas sinceramente, nos dias em que vivemos, estas são datas muitíssimo difíceis para quem trabalha com crianças e adolescentes, seja na escola, na igreja ou organizações do tipo.

Acontece que para mim é fácil, porque tenho um pai que me ama, me ajuda e me ensinou os princípios e valores que levarei por toda a vida. Aliás, ensinos que influeciaram minha vida por toda a eternidade.

Mas e todos os meus pequenos que não nem sabem quem são seus pais? E os que convivem com pais que nem conhecem porque mesmo estando perto não se importam com quem os filhos são e serão?

As famílias são tão complicadas que é difícil comemorar uma data dessas vendo o olhar triste ou as lágrimas de quem não tem muito o que comemorar. A gente até tenta conversar, ajudar a ver o outro lado das coisas, mostrar que Deus é o Pai sempre presente e que nunca nos abandona... Mas no fundo me sinto triste com eles...

Além do que, essas datas se tornaram tão comerciais!! Quando eu era criança eram cartões e presentinhos em que passávamos horas trabalhando, colando, pintando... Escrevendo palavras sinceras de gratidão e amor... Lembro de um dia das mães em que a gente não tinha absolutamente nada de dinheiro... Meu pai tinha uma plantação de melões e ele ajudou a gente a acordar mais cedo, escolher cada um o seu melão e desenhar carinhas neles para entregar para a minha mãe. Foi tão legal!!!

Hoje são presentes comprados às pressas na sexta ou sábado à noite e entregues com um "Feliz Dia dos Pais" meio assim, sei lá. Mas a resposta é sempre a mesma: "Vocês são meu maior presente!"

Então talvez deveríamos parar de incentivar a comemoração destas datas, para criar uma cultura de valorizar, amar, agradecer e agradar, não só uma vez por ano, mas constantemente... E não só pai e mãe, mas avó, tia, padastro ou quem quer que dedique sua vida para amar, cuidar e nos ensinar, todos os dias, a viver a vida e ser alguém melhor.

2 comentários:

Juliana Paizam disse...

Muito bem dito, kah! valorizar, amar, agradecer e agradar são tarefas para todos os dias e valem muito mais do que um presente caro comprado no shopping. =)

Unknown disse...

Concordo 100% com sua colocação! Os presentes feitos com nossas mãos dá mais prazer e ansiedade de presentear e também de receber!