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domingo, 3 de junho de 2012

Tempos modernos...


Era uma vez um menino...

Vivendo seguro debaixo dos cuidados de seu pai ele desfrutava da alegria de uma vida tranquila. Jogava bola, brincava, se divertia... E quando ficava escuro ele sabia que precisava voltar.

Obediente às ordens do pai, cuidava em agir como ele queria. Afinal, como sempre percebia, era seu pai quem lhe cuidava e provia tudo o que precisava... E até mais.

Mas o menino cresceu...

E aos poucos foi deixando de pensar que seu pai sabia o que era melhor. Começou a questionar as regras e em algum tempo já não havia espaço para a gratidão em seu coração. Porque tudo o que ele queria era ser o dono do seu próprio nariz.

A revolta cresceu, até o dia em que decidiu: "Não fico mais aqui. Afinal, quem meu pai pensa que é para dizer o que é melhor para mim? E aliás, quem garante que ele seja mesmo meu pai?"

E lá se foi o jovem rebelde viver os caminhos que ele mesmo faria.  Viver sua liberdade, sua autonomia.
A princípio com certo receio, mas logo sem medo algum, ele quebrou todas as regras... Ultrapassou todos os limites.

"Agora sim a vida que eu sempre quis!"

Ansioso por provar a si mesmo que não precisava de nada que lhe havia oferecido seu pai, partiu para uma busca intensa de criação das suas próprias ferramentas que lhe permitissem controlar e dominar o mundo!

Mas os instrumentos que ele criava feriam-lhe as próprias mãos e já não podia trabalhar sem sofrer.

E conforme os anos passavam ele não percebia que quanto mais se afastava, mais ele se perdia.

No anseio de conquistar sua liberdade, aquele jovem, agora homem, tornou-se escravo dos caminhos que ele mesmo escolheu.

Estaria ele disposto a lembrar-se e reconhecer a importância dos princípios ensinados por seu Pai?